quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A Figueira Grande Turismo tem funcionários para???

No JN de 03-10-2009... Sem mais comentários.


"Seguro esteve quatro anos na gaveta
2009-10-03
NÉLSON MORAIS
Empresa municipal só agora participou acidente com fogo-de-artifício que causou 50 feridos.
Quatro anos depois do acidente pirotécnico que feriu mais de 50 pessoas, na noite do São João de 2005, a empresa municipal Figueira Grande Turismo participou o sinistro à seguradora Allianz. "Uma estupidez!", comenta uma vítima.
"Se tinham um seguro, porque é que não o activaram antes?", questiona Fernando Fadigas, a quem o estilhaço de uma granada desgovernada atingiu gravemente o peito, durante o espectáculo de fogo-de-artifício promovido pela Figueira Grande Turismo (FGT).
Carmen Vieira, advogada de outra vítima, diz-se "indignadíssima" com a FGT. "Ocultaram-nos um facto extremamente importante para o processo", justifica, aludindo ao facto de a empresa municipal ter demorado quatro anos a trazer à colação um seguro que se supunha não existir.
Fernando Fadigas, Paulo Calisto, Maria Ofélia Apóstolo e Mário Rui Ferreira são quatro das vítimas de ferimentos graves, sobretudo queimaduras, que avançaram com uma acção judicial. Reclamam 137 mil euros de indemnização, pelos danos sofridos.
Este processo ainda não está julgado, mas foi graças a ele que se veio a saber que a FGT, afinal, teria feito um seguro, exclusivamente, para o fogo-de-artifício. Tal informação foi conhecida após, em Abril deste ano, o advogado da empresa que lançou o fogo requerer, no processo, que a FGT accionasse o seu seguro, da Allianz.
O âmbito da surpreendente apólice é claro: "A seguradora garante a responsabilidade civil do segurado pelos danos causados a terceiros no decurso do lançamento de foguetes e fogo-de-artifício". Mas o respectivo contrato só cobre despesas até 50 mil euros e, por outro lado, estabelecia que qualquer sinistro teria de ser participado até dois anos depois. Para já, resta saber se a Allianz, com a qual a FGT tem contratualizado outros seguros, aceita participações fora do prazo.
Sobre a razão de só em Agosto último a empresa municipal ter participado o acidente à seguradora, também ninguém quis responder. "A administração da FGT não considera oportuno tecer qualquer comentário", justificou-se a actual presidente da FGT, Ana Redondo.
O JN também perguntou ao militante do PSD que presidia à FGT aquando do acidente, Nuno Encarnação, por que motivo não fez a participação, se tinha seguro para o efeito. Nuno Encarnação, que acaba de ser eleito deputado da República, não quis dar esclarecimentos. Só disse que o JN estava "redondamente enganado", sem aceder a explicar o alegado engano. O presidente da Câmara da Figueira, Duarte Silva, também se mostrou indisponível para falar do assunto.
O pedido de indemnização referido é dirigido à FGT e à sociedade galega Pirotecnias Xaraiva, que vendeu o fogo-de-artifício à empresa de Raul Nazaré, responsável pelo seu lançamento. Nazaré fez, para o evento, um seguro na Liberty, que cobria danos até 25 mil euros. Um tecto aceite previamente pela FGT, mas que seria rapidamente atingido, com o pagamento das despesas hospitalares resultantes da assistência prestada a dezenas de feridos.
A empresa galega também é responsabilizada, porque uma auditoria concluiu pela existência de um defeito de fabrico na granada que se desviou do seu trajecto ascendente e feriu muitos do que assistiam, na praia, ao espectáculo. Após o acidente, o Ministério Público ainda abriu um inquérito, mas concluiria que os factos não tinham relevância criminal."

2 comentários:

  1. pequenos precalços k acontecem!os grandes tb erram.PSD!PSD!PSD!

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  2. Acidentes de milhares de euros e que envolvem deformações físicas em pessoas não são pequenos percalços!

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