quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Presidente Tronhó

Que merda de Presidente temos.

Mais uma vez, a montanha pariu um rato.

Tanta expectativa... e disse nada de novo:

- Não falou em nomes;
- Disse que não pensa estar a ser vigiado, no entanto foi perguntar se o seu mail é vulnerável (compre um antivirus, porra!)... mas que raio... o que é que o mail do Público terá que ver com os mails da Presidência??? Acaso o Presidente estaria a apelidar-nos a todos de mentecaptos???;
- Disse não acreditar que alguém das suas casas tivesse vertido para domínio público a questão das supostas escutas... mas despediu quem o fez (afinal acreditou ou não, e despediu ou não...).

O homem defende tudo para logo a seguir defender o seu perfeito contrário... Tal como na matemática, 1 + -1 = 0... logo, o PR é uma nulidade e o que diz, uma amálgama sem sentido.

Afinal, estas questões não estão esclarecidas:

- O merdoso pensa ou não estar a ser vigiado? Por quem?
- O gajo que trabalha para ele foi verter ao Público ou não? Se sim, irá pagar as consquências?
- Tem como provar o pouco que disse sobre gente anónima, não referindo nomes?

Penso que estão reunidas as condições para que o PR peça a sua demissão. Só faz merda. Só se pronuncia sobre temas de merda, e com declarações de merda, dúbias e instadoras de instabilidade entre as instituições.

A dizer o que disse, poderia e deveria te-lo feito antes.


Já agora, descobri, à hora de almoço, este excelente editorial do DN. Intitula-se, sugestivamente, "Falar sem dizer nada".

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O negociador

"Sócrates, o negociador? Isso seria como pedir ao Conde Drácula: 'A partir de agora, só sumos naturais, se faz favor'".

João Miguel Tavares, "Diário de Notícias", 29-09-2009

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Voto CDU... Voto consolidado.

A CDU demonstrou que é a única força nacional com voto consolidado... E ainda consegiu aumentar o número de deputados!

Não cresceu com o voto de protesto, que vai e vem ao sabor do comportamento político de partidos alheios. Vão ver o que acontecerá aos votos do BE e do PP, daqui a 4 anos. Transferirão para o PS e para o PSD. A nossa, vai manter.

E ainda por cima, dividimos votos com o PCTP/MRPP - que capitaliza votos à nossa custa... devido à similitude do símbolo. Num país em que tão grande percentagem da população é analfabeta e/ou tecnicamente analfabeta, compreende-se que assim seja...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Para ver e comentar...

Duas gerações de chupistas que se cruzam nesta foto.

Façam o favor de discorrer o que vos aprouver acerca deste encontro de betos-PSD (desculpem o pleonasmo)!

Presidente fora das comemorações do 5 de Outubro

Isto é o mesmo que um Rei faltar ao Dia do Rei. Mas o que é isto?

Um Presidente que se permite a faltar ao dia da Implantação da República?

Bem, no fundo, no fundo, ninguém deveria já achar os silêncios e o apagamento do Dr. Cavaco Silva estranhos. Ele parece apenas ter opinião acerca do novo Estatuto Político dos Açores.

Mas em quê pode interferir a comemoração do 5 de Outubro com a campanha para as autárquicas???

Uma acha mais para a fogueira: quem pode ter interesse em escutar um Presidente que nada diz sobre coisa alguma?


Sacado do Correio da Manhã (não é grande fonte, mas é o que se pode arranjar!).

25 Setembro 2009 - 09h00
Presidente da República fica em Belém
Cavaco Silva fora das cerimónias do 5 de OutubroO Presidente da República, Cavaco Silva não estará presente nas cerimónias oficiais do 5 de Outubro, de acordo com o semanário 'Expresso'.É a primeira vez que um Chefe de Estado não participa nestas cerimónias. O semanário diz que a decisão foi concertada entre a Presidência e a Câmara de Lisboa para 'evitar qualquer interferência na campanha das eleições autárquicas'. Pela mesma razão o autarca de Lisboa, António Costa não irá discursar. Caberá a Paula Teixeira Pinto presidir à sessão.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A máfia vai-se descobrindo... agora no PS

Até parece a JSD da Figueira depois da dura batalha do Guerra pelo n.º 2, que dividiu a organização... Denunciam-se uns aos outros!

"Acusação vinda do socialista Aníbal Araújo

José Lello e António Braga acusados de negociar cargos em troca de financiamento partidário

O dirigente do PS José Lello, e o secretário de Estado das Comunidades, António Braga, são acusados de negociar cargos em troca de financiamento partidário com o empresário Licínio Santos envolvido na Máfia dos Bingos, adiantou hoje a TSF. A acusação partiu de Aníbal Araújo, outro membro do PS que foi cabeça-de-lista pelo círculo de Fora da Europa, nas legislativas de 2005.Tanto Lello como Braga disseram em declarações à rádio desconhecer se o empresário financiou o PS. Mas Aníbal Araújo afirmou que os dois negociaram directamente com o empresário. O cabeça-de-lista tinha sido também financiado pelo mesmo empresário que foi detido após a Operação Furacão que desmantelou a Máfia dos Bingos.Segundo a TSF o ex-cabeça-de-lista acusou José Lello de oferecer o consulado honorário em Cabo Frio, no Brasil, um lugar na administração da empresa de telecomunicações Vivo e o controlo da Águas de Portugal na cidade brasileira. O empresário chegou a estar detido no Brasil, actualmente está em liberdade a aguardar o seu julgamento.A Máfia dos Bingos foi acusada de negociar sentenças judiciais e decisões políticas para beneficiar casas de bingo e de máquinas de jogos de azar."

Público online

O Papa aqui tão perto...

O Papa Bento XVI visitará Portugal em Maio de 2010, confirmou a Presidência da República, no seu sitio oficial. Segundo este site, o Sumo Pontífice «deslocar-se-á ao Santuário Mariano de Fátima, onde presidirá às cerimónias religiosas do 13 de Maio».


Será que ainda há lugar na célebre carrinha azul da JSD, perdão, Associação Império Jovem?

Uma mandatária da juventude BOA (literalmente)... e o conteúdo?


Um certo partido da Figueira da Foz, que por sinal até é o que está presentemente no poder, tem como mandatária da Juventude uma pessoa (Rita Nascimento) que diz alarvidades do tipo:

- "Os Jovens, na Figueira da Foz, podem afirmar que muito foi feito neste mandato na área da Juventude e em matérias que a eles dizem directamente respeito."

Hein? O quê? Onde?

- "O festival anual de bandas jovens no forte de Stª Catarina é disso exemplo, mas também o facto dele resultar em horas de estúdio para ensaios, o também é muito bom. Muito mais bandas existem hoje do que há 4 anos atrás e isso é resultado deste trabalho."

O quê? Então o Tubo d'Ensaio é que tem o trabalho e a CMFF, ou melhor, o partido que a (des)governa é que colhe os louros???

- "Como esteve bem ao criar o programa adopte um jovem empreendedor, como forma de estimular a iniciativa, a inovação e a criatividade dando oportunidade aos jovens de se fixarem profissionalmente na sua terra natal."

Onde está isto? Onde??? Estará a falar nos tachos JSD???

- "Já agora o apoio dado aos escuteiros, que acho que nunca é demais foi bem aplicado. É um movimento que forma civicamente os jovens para comportamentos que não se aprendem na escola e na família e que, cada vez mais são necessários na vida de hoje. "

Vamos todos para os escuteiros, seguir o rebanho e quiçá inscrevemo-nos todos na JSD!!! As colectividades, que são quem realmente trabalha, recebem €0,00 ou pouco mais...

- "Espero poder contribuir, com o meu exemplo e com a minha participação, na mobilização de mais jovens para esta campanha pela nossa terra, sempre afinados, tocando pela mesma pauta e com a mesma letra, uma canção pela Figueira com muito orgulho."

Tal e qual um rebanho de ovelhas...

Resumiu-se a isto o motivo que a levou a apoiar Duarte Silva? Um festival de bandas que não é organizado pela CMFF e o apoio aos Escuteiros?

Zelaya volta às Honduras - Povo na rua desafia ditadura


Vamos desafiar a comunidade internacional reaccionária! O criminoso golpe de estado das Honduras, apadrinhado pelos grandes regimes capitalistas internacionais, tem de ser denunciado e combatido!

Sacado do jornal "Avante!", 24-09-2009


O presidente legítimo das Honduras, Manuel Zelaya, voltou ao país esta segunda-feira, 21, e refugiou-se na embaixada do Brasil. O governo usurpador impôs o recolher obrigatório, mas o povo está na rua em apoio a Zelaya.A decisão de Zelaya de entrar clandestinamente no país, ao 86.º dia do seu afastamento pela força das armas, colheu toda a gente de surpresa. O governo de facto do empresário Roberto Micheletti, que assumiu o poder após o golpe militar de 28 de Junho que depôs e deportou Zelaya, foi totalmente apanhado desprevenido e passou boa parte do dia a desmentir as notícias do regresso do presidente. Só depois de Zelaya dar uma entrevista ao Canal 11 da televisão local e de ter aparecido no terraço da embaixada brasileira em Tegucigalpa para saudar os milhares de apoiantes que já haviam acorrido ao local, é que os golpistas se renderam à evidência.As reacções não se fizeram esperar: Micheletti impôs o recolher obrigatório, mandou encerrar os quatro aeroportos do país e deu ordem para reprimir os populares que permanecem junto da embaixada do Brasil. Os primeiros confrontos tiveram lugar na manhã de terça-feira. Segundo a correspondente da Telesur na capital hondurenha, Adriana Sívori, as forças militares tomaram posição nas proximidades da sede diplomática com o objectivo expresso de evacuar a zona. Desconhecia-se, à hora de fecho desta edição, quais as consequências ditadas pelo desespero dos golpistas, que têm consigo a oligarquia do país mas não o apoio popular. O que se sabe é que Zelaya, ao entrar clandestinamente na sua terra, fez gorar os planos dos que se preparavam para deixar passar o tempo até à farsa eleitoral de Novembro com que pretendiam legitimar o golpe.Fazer o que deve ser feitoNa entrevista ao Canal 11, Zelaya falou sem rodeios. «Vim fazer o que desde a primeira hora devia ter sido feito, pôr um ponto final nos elementos de mediação deste processo, resolver cara a cara o que há para resolver», disse o presidente legítimo, sublinhando que o seu regresso é «praticamente uma questão de consciência, uma obrigação».Acresce, segundo Zelaya, que é necessário pôr termo à situação de isolamento em que se encontra o país e às dramáticas consequências que daí advêm. «As Honduras não podem continuar nesta situação, isoladas da comunidade internacional, condenadas pelos organismos internacionais, com uma crise económica, política e social muito profunda», disse, sublinhando que «o povo já sentiu o ferro em brasa da repressão que não pode continuar».Agradecendo ao seu homólogo brasileiro Lula da Silva e ao embaixador Celso Amorim por lhe terem «aberto as portas para lutar pela democracia hondurenha», Zelaya garantiu que está a dialogar directamente com o sector empresarial do país que contribuiu para o golpe, e reafirmou estar apostado numa solução pacífica do conflito. «Por isso voltei ao país, para dizer que vamos reconstruir a democracia, para dizer aos hondurenhos que a democracia é nossa e que ninguém nos pode roubá-la», disse.O presidente legítimo lamentou ainda que o governo golpista tenha instaurado o Estado de sítio «porque voltou o presidente que o povo elegeu para governar», e tenha mandado encerrar os aeroportos «para impedir a vinda do secretário-geral da OEA [José Miguel Insulza] para resolver o conflito». Tal atitude, sublinhou, é uma prova de que o governo golpista não está minimamente interessado na reposição da legalidade e na restauração da democracia.Zelaya está seguro de poder contar com o apoio de massas e mesmo de «empresários honestos». Os professores decretaram uma greve geral por tempo indefinido e por todo o país estão em marcha milhares de pessoas a caminho da capital, que enfrentam o corte de estradas com que as forças armadas e policiais procuram cortar-lhes o passo. Em Tegucigalpa, apesar do recolher obrigatório e do aparato repressivo em torno dos edifícios da ONU e da embaixada do Brasil, milhares de pessoas afirmam-se dispostas a permanecer na rua o tempo que for preciso para proteger a integridade do presidente que democraticamente elegeram. Apelo à comunidade internacionalNuma declaração difundida esta terça-feira, 22, Manuel Zelaya apelou à comunidade internacional para que «intervenha de forma mais contundente» contra o governo golpista de Micheletti, denunciando a repressão de populares que se encontram junto da embaixada do Brasil onde está instalado. A preocupação de Zelaya é justificada. Por um lado, a campanha de desinformação sobre as Honduras é uma realidade, agravada pela censura imposta internamente aos órgãos de informação que não alinham pelo «governo de facto». Por outro lado, quer os EUA quer a União Europeia (UE) reagiram de forma dúbia ao regresso do presidente às Honduras.Nos EUA, o porta-voz do departamento de Estado, Ian Kelly, pediu «calma» a ambos os lados. «Creio que no momento tudo que se pode dizer é reiterar nosso pedido diário para que ambas as partes desistam de ações que tenham um desenlace violento», disse.Enquanto isso, a secretária de Estado, Hillary Clinton, e o presidente costarriquenho, Oscar Arias, afirmaram esperar que o regresso de Zelaya ao país possa servir para que «todas as partes voltem à mesa de negociações». Clinton e Arias acham natural que se «negoceie» com golpistas que usurparam o poder.Também a UE insiste na «negociação». Num comunicado divulgado pela presidência sueca sublinha-se a «importância de uma solução negociada para a crise actual nas Honduras».O texto «exorta todas as partes envolvidas a abster-se de qualquer acção que possa aumentar a tensão e a violência», o que parece uma crítica velada ao apelo de Zelaya às Forças Armadas para que não virem as armas contra o povo mas sim contra os inimigos do povo. ALBA apoia regresso de ZelayaOs governos da Aliança Bolivariana para os Povos da América (ALBA) divulgaram esta segunda-feira um comunicado manifestando o seu apoio ao regresso de Manuel Zelaya às Honduras e apelando à comunidade internacional para que apoie a decisão assumida pelo «presidente legítimo e constitucional» de «retomar as suas funções presidenciais.»«O regresso do presidente Manuel Zelaya às Honduras cumpre com as decisões adoptadas pela Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, pela Assembleia Geral das nações Unidas, pela Organização dos Estados Americanos, pelo Grupo do Rio, entre outros, e abre caminho para a restauração da democracia hondurenha, gravemente afectada pelo golpe de Estado de 28 de Junho de 2009» – lê-se no comunicado.O texto, divulgado pela embaixada venezuelana, refere ainda que os governos da ALBA, conscientes das «contínuas violações dos direitos humanos e das liberdades fundamentais perpetradas pela ditadura [de Roberto Micheletti], instam os governos da América Latina, do Caribe, e do mundo, os organismos regionais e internacionais, bem como os movimentos e organizações sociais, a promover acções coordenadas que permitam ao governo legítimo de Manuel Zelaya retomar as suas funções.» O documento sublinha, a terminar, que os governos da ALBA consideram que o regresso de Zelaya às suas funções deve ocorrer «sem condições de qualquer tipo», em «conformidade com a vontade democrática expressa pelo povo hondurenho, que de forma soberana o elegeu como presidente da República das Honduras».Cronologia28 de Junho – Militares sequestram Zelaya e deportam-no para a Costa Rica; Micheletti assume o cargo;29 de Junho – A ONU condena o golpe de Estado; milhares de pessoas manifestam-se exigindo a reposição da legalidade democrática; 1 de Julho - A OEA exige recondução de Zelaya num prazo de 72 horas; é imposto o estado de sítio, instaurada a censura e restringidas as liberdades fundamentais;5 de Julho – Zelaya tenta voltar ao país, mas os militares bloqueiam o aeroporto de Tegucigalpa impedindo-o de aterrar; milhares de pessoas que acorreram a apoiar o presidente são reprimidas;7 de Julho – Zelaya é recebido em Washington por Hillary Clinton; os EUA advogam a via negocial com o presidente da Costa Rica, Oscar Arias, como «mediador»;18 de Julho – Arias apresenta um plano de sete pontos que prevê a recondução de Zelaya no cargo de presidente até ao final do mandato, em Janeiro, mas o governo golpista rejeita a proposta;11 de Agosto – As forças policiais reprimem violentamente milhares de pessoas que, a exemplo que que sucede diariamente, se manifestam em Tegucigalpa e em San Pedro Sula para exigir o regresso de Zelaya; 21 de Agosto – A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) denuncia o «uso desproporcional da força» pela Polícia e o Exército hondurenhos;31 de Agosto – Começa a campanha para as eleições gerais de 29 de Novembro nas Honduras; 14 de Setembro – O representante das Honduras em Genebra, Delmer Urbizo, é expulso do Conselho de Direitos Humanos da ONU, após ter manifestado o seu apoio ao governo golpista;21 de Setembro – Manuel Zelaya entra clandestinamente em Tegucigalpa e instala-se na embaixada do Brasil; o governo golpista impõe o recolher obrigatório, o que não impede milhares de pessoas de se concentrarem junto à sede diplomática em apoio ao presidente legítimo.